domingo, 30 de maio de 2010

A NATUREZA E ATRIBUTOS DE DEUS

A Natureza e Atributos de Deus

1. DEUS É UM ESPÍRITO.

Temos estas palavras exatas da boca de Jesus em João 4:24. Este estatuído significa que Deus é puro, inteiro e unicamente um espírito. Um espírito pode habitar um corpo, mas um espírito puro não tem e não habita um corpo; pois Jesus disse outra vez depois da ressurreição: "Um espírito não tem carne e ossos como vós vedes que eu tenho" (Lucas 24:39). Conseqüentemente, nunca se diz de o homem ser um espírito enquanto habita o corpo. Diz-se que ele possui um espírito, mas, quando sua natureza mista se descreve, diz-se ser ele uma "alma vivente" (Gênesis 2:7; 1 Coríntios 15:45) antes que um espírito.

Também sabemos que Deus é um espírito puro, não possuindo ou habitando um corpo, por causa da Sua invisibilidade (Colossenses 1:15; 1 Timóteo 1:17; Hebreus 11:27) e por causa de Sua onipresença.

Isto nos traz a considerarmos aquelas passagens da Escritura que atribuem a Deus partes corporais tais como olhos e ouvidos, mãos e pés. Em vista do que já se disse, claro é que estas passagens se tomem num sentido figurado e simbólico. Semelhantes representações são conhecidas teologicamente como antropomorfismos.

Robert Young, autor de "Analytical Concordance to the Biblie", diz: "Sentimentos, ações e partes humanas se atribuem a Deus, não que elas estejam realmente n?Ele, mas porque tais efeitos procedem d?Ele como iguais àqueles que fluem de tais coisas nos homens".

Doutro lado, há outras passagens que são explicadas por A. H. Strong como segue: "Quando de Deus se diz como aparecendo aos patriarcas e andando com eles, as passagens são para ser explicadas como se referindo a manifestações temporárias dEle mesmo em forma humana, manifestações que prefiguram o tabernáculo final do Filho de Deus em carne humana" (Systematic Theology, pág. 120).

A personalidade de Deus está envolvida na Sua espiritualidade e portanto não é tratada como uma característica separada.

2. DEUS É UM.

Por este estatuído pensamos afirmar Sua unidade em toda a plenitude desse termo. Queremos dizer que há um só Deus e também queremos dizer que a Sua essência é homogênea, individida e indivisível.

Que há um só Deus, está ensinado em Deuteronômio 6:4; Isaías 44:6; João 17:3; I Coríntios 8:4; I Timóteo 1:17; 2:5. E é irracional, ainda mais, assumir a existência de uma pluralidade de deuses, quando um só explica todos os fatos. Também as passagens que representam Deus como infinito e perfeito (Cf. Salmos 145:3; Jó 11:7-9; Mateus 5:47-48) e provas indiretas de Sua unidade; porquanto infinidade e perfeição absolutas são possíveis a um só. Dois seres semelhantes não podiam existir, pois um limitaria o outro.

Que a essência de Deus é homogênea, individida e indivisível, é uma inferência necessária do fato que Deus é um espírito puro. Tudo quanto sabemos do espírito nos compele a crer que sua essência é simples e não composta.

J. P. Boyce dá as três seguintes razões para afirmar-se a unidade de Deus no sentido em que a estamos agora discutindo:

"1. Porque a composição (ou um por junto) envolve a possibilidade de separação, o que envolveria a destrutibilidade e mutabilidade, cada qual inconsistente com a perfeição absoluta e a existência necessária.

"2. A composição envolve um tempo de existência separada das partes componentes". Isto necessitaria de um tempo em que as partes existiram separadamente e, portanto, de um tempo em que Deus não existiu, ou "quando Ele existiu imperfeitamente, não tendo ainda recebido para Sua natureza essencial as adições feitas subseqüentemente, o que tudo é inconsistente com a perfeição absoluta e a essência necessária.

"3. Se as partes foram compostas, foram feitas por alguma força de fora, ou tem sido um crescimento em Sua natureza". E ambas essas idéias são inconsistentes com a perfeição absoluta e a existência necessária.

Todavia, a unidade de Deus não impede Sua trindade e Sua trindade não está de modo algum em discrepância com a Sua unidade. A trindade, como veremos mais claramente depois, consiste de três distinções eternas no mesmo ser e na mesma pura essência, distinções que nos são apresentadas sob a figura de pessoas.

II. OS ATRIBUTOS DE DEUS

"O termo "atributo", diz J. M. Pendleton, "na sua aplicação a pessoa ou coisas, significa algo pertencente a pessoas ou coisas. Os atributos de uma coisa são tão essenciais a ela que sem eles ela não podia ser o que é; o que é igualmente verdade dos atributos de uma pessoa. Se um homem fosse despido dos atributos que lhe pertencem, ele cessaria de ser um homem, pois esses atributos são inerentes naquilo que o constitui um ser humano. Se transferirmos estas idéias a Deus, acharemos que os Seus atributos lhe pertencem inalienávelmente e, portanto, o que Ele é deve ter sido sempre. Os seus atributos são suas perfeições, inseparáveis de Sua natureza e constituindo o Seu caráter" (Christian Doctrines, pág. 42).

J. P. Boyce diz: "Os atributos de Deus são aquelas particularidades que marcam ou definem o modo de Sua existência, ou que constituem o Seu caráter. Não são separados ou separáveis de Sua essência ou natureza e contudo não são essa essência, mas simplesmente fundamento ou causa de sua existência nela, e são ao mesmo tempo as particularidades que constituem o modo e o caráter do Seu ser" (Abstract of Systematic Theology, pág. 65).

"Os atributos de Deus", segundo definição de A. H. Strong "são aqueles característicos distinguintes da natureza divina inseparáveis da idéia de Deus e que constituem a base e o fundamento para Suas várias manifestações às Suas criaturas. Chamamo-los atributos, porque somos compelidos atribuí-los a Deus como qualidades ou poderes fundamentais do Seu ser, para podermos dar conta racional de certos fatos constantes nas auto-revelação de Deus" (Systematic Theology, pág. 115).

É comum dividir-se os atributos de Deus em duas classes. Isto ajuda tanto à memória como ao entendimento. A estas divisões deram-se vários pares de nomes, tais como comunicável e incomunicável; imanente e transiente; positivo e negativo; natural e moral; absoluto e relativo. Estas duas últimas classificações foram adotadas nestes estudos.

1. ATRIBUTOS ABSOLUTOS.

Os atributos absolutos de Deus são aqueles que dizem respeito ao Seu Ser independente de Sua aliança com qualquer outra coisa.

(1) Auto-existência.

O ser de Deus é inderivado. Sua existência é auto-causada. Sua existência é independente de tudo o mais. A auto-existência de Deus está implicada em o nome "Jeová", que quer dizer "o existente" e também na expressão "Eu sou o que sou" (Êxodo 3:14), que significa que SER é a natureza de Deus.

A eternidade de Deus, que figura na segunda classe de atributos, também implica sua auto-existência. Se Deus existiu para sempre, então Sua existência é uma auto-existência necessária, inderivada, autocausada. Auto-existência é um mistério que é incompreensível ao homem; todavia, uma negação dela envolveria a nós outros num maior mistério. Se não existe no universo alguma pessoa auto-existente, então a ordem presente de coisas veio a existir do nada, sem causa ou criador. Elas não podiam ter sido o produto de mera energia, porquanto a energia é a propriedade tanto da matéria como da vida. E desde que a ciência provou que a matéria não é eterna, cabe-nos assumir uma pessoa eterna e portanto auto-existente como explicação da presente ordem de coisas.

(2) Imutabilidade.

Notai as seguintes afirmações:

"Por imutabilidade definimos a Deus como imutável na Sua natureza e nos Seus propósitos" (E. Y. Mullins, The Christian Religion in its Doctrinal Expression, págs. 223, 224).

"Por imutabilidade de Deus defini-se que Ele é incapaz de mudar, tanto na duração da vida, como em a natureza, no caráter, na vontade ou felicidade. Em nenhuma destas, nem em nenhum outro respeito, há qualquer possibilidade de mudança" (J. P. Boyce, Abstract of Systematic Theology, pág. 73).

A imutabilidade está implicada em infinidade e perfeição. Qualquer mudança, quer para melhor, quer para pior, implica imperfeição e finidade tanto antes como depois.

As principais passagens que ensinam a imutabilidade geral de Deus são Salmos 102:27; Malaquias 3:6; Tiago 1:17.

As seguintes passagens ensinam especificamente a imutabilidade da vontade de Deus: Números 23:19; I Samuel 15:29; Jó 23:13; Salmos 33:11; Provérbios 19:21; Isaías 46:10; Hebreus 6:17.

As passagens precedentes dão-nos declarações positivas e absolutas. Todas as passagens que representam Deus como se arrependendo, tais como Gênesis 6:6,7; Êxodo 32:14; I Samuel 15:11; Salmos 106:45; Amos 7:3; Jonas 3:10 e as que de qualquer maneira parecem implicar ou sugerir qualquer mudança nos propósitos de Deus, devem ser explicadas à luz delas. Estas últimas contêm antropomorfismos.

Ao comentar Êxodo 32:14, diz A. W. Pink: "Estas palavras não querem dizer que Deus mudou de mente ou alterou Seu propósito, porque Ele é "sem variação ou sombra de mudança" (Tiago 1:17). Nunca houve e nunca haverá a menor ocasião de o Todo-Poderoso efetuar o mais leve desvio do Seu eterno propósito, pois tudo foi a Ele pré-conhecido desde o principio e todos os Seus conselhos foram ordenados por infinita sabedoria. Quando a Escritura fala de Deus arrepender-se, ela emprega uma figura de retórica em que o Altíssimo condescende em falar na nossa linguagem. O que se intenta pela expressão acima é que Jeová respondeu a oração de um mediador típico.

E, sobre tais passagens, diz J. P. Boyce; "Pode ser asseverado que estas são meramente antropomórficas, visando simplesmente a inculcar sobre os homens Sua grande ira pelo pecado e Sua ardente aprovação do arrependimento daqueles que tinham pecado contra Ele. A mudança de conduta no homens, não em Deus, mudará a relação entre eles e Deus. O pecado os fizera suscetíveis do Seu justo desprazer. O arrependimento os trouxera para dentro das possibilidades de Sua misericórdia. Não os tivesse Ele tratado diferentemente, então teria havido uma mudança n?Ele. Sua própria imutabilidade fá-lo necessário que Ele trate diferentemente os que são inocentes e os que são culpados, os que se endurecem contra Ele e os que se viram para Ele por misericórdia com corações arrependidos" (Abstract of Systematic Theology, pág. 76).

Devemos do mesmo modo entender todas as alusões que parece indicarem uma sucessão de emoções em Deus. Todas as emoções em Deus existem lado a lado uma da outra no mesmo momento e assim tem sido desde toda a eternidade. Ele se tem sempre agradado da justiça e desagradado do pecado. E desde toda a eternidade conheceu toda a justiça e todo o pecado. O pecado expõe o homem ao desprazer de Deus. A justiça o sujeita ao prazer de Deus. A passagem do desprazer ao prazer de Deus efetua-se por uma mudança no homem e não em Deus. O sol derrete a cera, mas, se a cera pudesse ser mudada em barro, o sol a endureceria. Representaria isso qualquer mudança que fosse no sol?

A oração não muda Deus: ela muda-nos e as coisas e as circunstâncias com que temos de tratar; mas não muda Deus. Jamais teremos a justa atitude para com Deus enquanto pensarmos que a oração é um meio de alcançarmos de Deus o que Ele não intentou fazer. Muito longe de a oração mudar a vontade de Deus, devemos orar segundo Sua vontade, se esperarmos obter uma resposta. Diz-nos João: "Esta é a confiança que temos nEle, que se pedirmos qualquer coisa segundo Sua vontade, Ele nos ouve" (I João 5:14). É o Espírito Santo que nos faz orar (Romanos 8:15; Gálatas 4:6), e é ao Espírito Santo que devêramos procurar por direção nas coisas que pedimos (Romanos 8:26). A oração, então, é a obra de Deus em nossos corações preparando-nos para o uso mais proveitoso e o desfruto mais grato de Suas bênçãos. É a Sua própria chave com que Ele destranca os diques do rio de Suas bênçãos. Nos sábios conselhos de Deus, antes da fundação do mundo, Ele ordenou a oração como um dos meios de execução da Sua vontade. A oração não muda Deus mais do que a fé do pecador arrependido muda Deus. Um e outro são simplesmente meios na realização do propósito eterno e imutável de Deus.

(3). Santidade.

A santidade de Deus é sua perfeita excelência moral e espiritual. Deus é perfeitamente puro, impoluto e justo em Si mesmo. Santidade é o fundamento de todos os outros atributos morais em Deus. A santidade de Deus tipificou-se nas vestes imaculadas do Sumo Sacerdote quando ele entrou nos Santo dos santo.

Diz R. A. Torrey: "O sistema inteiro mosaico de lavagens; divisões do tabernáculo; divisões do povo em israelitas comuns, levitas, sacerdotes e sumos sacerdotes, a quem se permitiam diferentes graus de aproximação a Deus, sob condições rigorosamente definidas; o insistir sobre sacrifícios como meios necessários de aproximação a Deus; as direções de Deus a Moisés em Êxodo 3:5, a Josué em Josué 5:15, o castigo de Usias em 2 Crônicas 26:16-26, as ordens rigorosas a Israel sobre aproximarem-se do Sinai quando Moisés falava com Deus ! tudo visou a ensinar, acentuar e ferretear nas mentes e corações dos israelitas a verdade fundamental que Deus é santo, irrepreensivelmente santo. A verdade que Deus é santo é a verdade fundamental da Bíblia, do Velho e do Novo Testamento, da religião judaica e cristã" (What The Bible Teaches, pág. 37).

As seguintes passagens da Escritura são as principais a declararem a santidade de Deus: Josué 24:19; Salmos 22:3; 99:9; Isaías 5:16; 6:3; João 17:11; 1 Pedro 1:15,16.

A santidade de Deus fá-Lo aborrecer o pecado e, portanto, provoca Sua justiça, a qual consideraremos sob os atributos relativos.

2. ATRIBUTOS RELATIVOS.

Os atributos relativos de Deus são os que se vêem por causa da conexão de Deus com o tempo e a criação.

(1) Eternidade.

Isto quer dizer que Deus não teve princípio e que Ele não pode ter fim. Quer dizer também que Ele de modo algum está limitado ou condicionado pelo tempo. A. H. Strong diz: "Deus não está no tempo. Mais correto é dizer que o tempo está em Deus. Conquanto haja sucessão lógica nos pensamentos de Deus, não há sucessão cronológica" (Systematic Theology, pág. 130).

Deus vê os eventos como tendo lugar no tempo, mas desde toda a eternidade esses eventos têm sido os mesmos para Ele como depois que aconteceram. A eternidade tem sido descrita como segue: "A eternidade não é, como os homens crêem, antes e depois de nós, uma linha sem fim. Não, é um circulo, infinitamente grande, toda a circunferência com a criação aglomerada; Deus reside no centro, contemplando tudo. E, ao passo que nos movemos nesta eterna volta, a porção finita que só vemos, atrás de nós está o passado; o que nos fica adiante chamamos futuro; mas para Ele que reside no centro, igualmente afastado de todo o ponto da circunferência, ambos são iguais, futuro e passado" (Murphy, Scientific Basis, pág. 90).

(2) Onipresença.

Por onipresença de Deus quer dizer-se que Deus está presente no mesmo momento em toda a Sua criação.

A onipresença de Deus está bela e incisivamente declarada no Salmos 139:7-10 e em Jeremias 23:23,24.

Aquelas passagens que falam de Deus como estando presente em lugares especiais são para se entenderem como referindo-se a manifestações especiais e transcendentais de Deus. Assim se fala de Deus como uma habitação no céu, porque é lá que Ele faz a maior manifestação de Sua presença.

(3) Onisciência.

Desde toda a eternidade Deus possuiu todo o conhecimento e sabedoria. João declara que Deus "conhece todas as coisas" (1 João 3:20). A onisciência de Deus pode ser argüida de Sua infinitude. Em toda a parte da Escritura Ele está retratado como um ser infinito. Assim Seu conhecimento deve ser infinito. A onisciência pode ser também argüida da imutabilidade. Se Deus não muda, como a Escritura declara, então Ele deve ter possuído todo conhecimento desde o princípio; doutra sorte Ele estaria aprendendo continuamente e isso por si mesmo constituiria uma mudança nEle e conduziria necessariamente ainda a mais mudanças manifestas.

Mais ainda: a necessidade de onisciência da parte de Deus pode ser vista em Efésios 1:11, a qual diz que Deus "Opera todas as coisas segundo o conselho de Sua própria vontade". Só um ser onisciente podia operar todas as coisas segundo o conselho de sua própria vontade.

(4) Onipotência.

Deus possui todo o poder. Em Gênesis 17:1 Deus declara: "Sou um Deus Todo-poderoso". Este título se aplica a Ele vezes sem conta na Escritura. Significa este título que Ele possui toda potência ou força. Lemos de novo em Mateus 19:26: "Com Deus todas as coisas são possíveis". Muitas outras passagens declaram a onipotência de Deus.

A onipotência de Deus não significa, sem duvida, que Ele pode fazer coisas que são logicamente absurdas ou coisas que são contra a Sua própria vontade. Ele não pode mentir, porque a santidade do Seu caráter obsta a que Ele queira mentir. E Ele não pode criar uma rocha maior do que Ele pode erguer; nem tanto uma força irresistível como um objeto inamovível; nem Ele pode traçar uma linha entre dois pontos mais curta do que uma reta; nem botar duas montanhas adjacentes uma à outra sem criar um vale entre elas. Ele não pode fazer qualquer dessas coisas porque elas não são objetos de poder: são autocontraditórias e logicamente absurdas; violariam as leis de Deus por Ele ordenadas e O fariam atravessar-se a Si mesmo.

(5) Veracidade.

Por veracidade de Deus quer dizer-se Sua veracidade e fidelidade na Sua revelação às suas criaturas e no trato com elas em geral, em particular com o Seu povo redimido.

Algumas das passagens que estabelecem a veracidade de Deus são: João 9:33; Romanos 1:25; 3:4; 1 Coríntios 1:9; 2 Coríntios 1:20; 1 Tessalonicenses 5:24; Tito 1:2; Hebreus 6:18; 1 Pedro 4:19.

(6) Amor.

Usa-se na Bíblia o amor em diferentes sentidos quando atribuídos a Deus nos Seus tratos com Suas criaturas. Algumas vezes refere-se a mera bondade na concessão de benefícios naturais sobre todos os homens (Salmos 145:9; Mateus 18:33; Lucas 6:35; Mateus 5:44,45). O amor redentor de Deus, por outro lado, é soberano, discriminante e particular. Ele diz: "Amei a Jacó e detestei a Esaú" (Romanos 9:13). E de Deus se declara enfaticamente: "Detestas a todos os obradores de iniqüidade" (Salmos 5:5).

(7) Justiça.

A justiça de Deus está ensinada em Gênesis 18:25; Deuteronômio 32:4; Salmos 7:9-12; 18:24; Romanos 2:6.

Foi a justiça de Deus que fez necessário Cristo morrer para que os homens pudessem ser salvos. A justiça de Deus torna impossível Deus deixar que o pecado passe impune. A morte de Cristo tornou possível que Ele fosse justo e contudo justificador de pecadores crentes (Romanos 3:26).

No sacrifício de Jesus cumpriu-se a Escritura que diz: "A misericórdia e a verdade se encontraram, a justiça e a paz se beijaram" (Salmos 85:10).

A salvação dos crentes é um ato de graça para com eles; contudo, é um ato de justiça a Jesus Cristo que morreu em lugar de todos que crêem.

Autor: Thomas Paul Simmons, D.Th.
Digitalização: Daniela Cristina Caetano Pereira dos Santos, 2004
Revisão: Charity D. Gardner e Calvin G Gardner, 05/04
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br

A existência de Deus está assumida na Bíblia?

A existência de Deus está assumida na Bíblia?

A Bíblia principia por assumir e declarar a existência de Deus sem empreender prová-la. Isto é um fato digno de nota. Ao comentá-lo, diz J. M. Pendleton em "Christian Doctrines": "Moisés, sob inspiração divina, teve, sem dúvida, as melhores boas razões para o curso adotado por Moisés; a saber: O autor crê que isto é verdade e crê que há pelo menos três razões para o curso adotado por Moisés; a saber:

1. ISRAEL, EM CUJO BENEFÍCIO MOISÉS ESCREVEU PRIMÁRIAMENTE, JÁ CRIA EM DEUS

Daí, o propósito de Moisés, que foi mais prático que teológico, não erigiu uma discussão de provas da existência de Deus.

2. AS EVIDÊNCIAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS SÃO VISÍVEIS E VIGOROSAS

Assim, foi necessário, mesmo para a raça humana como um todo, que um discurso prático tratasse das evidências da existência de Deus. Mas o nosso estudo é teológico bem como prático; logo, é-nos oportuno notar estas evidências visíveis e vigorosas. Elas nos vêem da:

(1) Criação Inanimada

A. A matéria não é eterna e, portanto deve ter sido criada.

George McCready Price, autor de "Fundamentals of Geology" e outros livros científicos, diz: "Os fatos da radioatividade proíbem muito positivamente a eternidade passada da matéria. Daí, a conclusão é silogística: a matéria deve ter-se originado ao mesmo tempo no passado..." (Q. E. D., pág. 30). O Professor Edward Clodd diz que "tudo aponta para uma duração finita da criação atual" (Story of Creation, pág. 137). "Que a forma presente do universo não é eterna no passado, mas começou a ser, atesta-nos não só a observação pessoal senão também o testemunho da geologia" (A. H. Strong Sistematic Theology, pág. 40).

B. A matéria deve ter sido criada por outro processo que não os naturais; logo, a evidência de um criador pessoal.

Diz o Prof. Price.: "Há uma ambigüidade de evidência. Tanto quanto a ciência moderna pode lançar luz sobre a questão, deve ter havido uma criação real dos materiais de que se compõe o nosso mundo, uma criação inteiramente diferente de qualquer processo agora em voga, tanto em qualidade como em grau". (Q. E. D. pág. 25). A origem das coisas não se pode computar sobre uma base naturalística. Buscando assim fazer, Darwin foi obrigado a dizer: "Estou num lamaçal desesperado." Alguém podia falar tanto de livros serem escritos pelas leis da soletração e da gramática como do universo ser feito pela operação de mera lei.

Assim está a Bíblia de inteiro acordo com os achados da ciência moderna quando ela declara: "No princípio Deus criou os céus e a terra." (Gênesis 1:1).

(2) Criação Animada

A. A Matéria viva não pode provir da não-viva.

Escrevendo no "London Times", disse Lord Kelvin: "Há quarenta anos perguntei a Liebig, andando nalgum lugar pelo campo, se ele acreditava que o capim e as flores que víamos ao nosso redor cresciam por meras forças químicas". Ele respondeu: "Não mais do que eu podia crer que um livro de botânica que as descrevesse pudesse crescer por meras forças químicas". Numa preleção perante o Instituto Real de Londres, Tyndall afirmou candidamente os resultados de oito meses de árduos experiências como segue: "Do princípio ao fim do inquérito não há, como vistes, uma soma de evidência a favor da doutrina de geração espontânea... Na mais baixa como na mais elevada das criaturas organizadas o método da natureza é: que a vida será o produto de vida antecedente". O Professor Conn diz: "Não há a mais leve evidência de que a matéria viva possa surgir da matéria morta. A geração espontânea está universalmente vencida" (Evolution of Today, pág. 26). E o Sr. Huxley foi forçado a admitir: "A doutrina que a vida somente pode vir da vida está vitoriosa em toda a linha" (The Other Side of Evolution, pág. 25).

B. Desde que a matéria não é eterna, a vida física, que envolve a matéria viva, não pode ser eterna.

O fato de a matéria não ser eterna proíbe a suposição que a vida física é o resultado de uma série infinita de gerações. E desde que, como vimos, a matéria não pode provir da não-viva, somos forçados a aceitar o fato de um criador pessoal, não-material.

(3) A Consciência Humana

Para fins práticos, a consciência pode ser definida como a faculdade ou poder humano de aprovar ou condenar suas ações numa base moral. O apóstolo Paulo, um dos maiores eruditos do seu tempo, afirmou que os pagãos, que não tinham ouvido de Deus ou de Sua lei, mostravam "a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência e seus pensamentos, ora acusando-se, ora defendendo-se" (Romanos 2:15). Paulo assim afirmou de homens que não aprenderam de um padrão moral autorizado e tinham um senso comum do direito e do errado. Eruditos modernos nos dizem que os povos mais rudimentares da terra têm consciência.

Não se pode dizer, portanto, que o homem tem consciência por causa dos ensinos morais que ele recebeu. Não se pode duvidar que a instrução moral aguça a consciência e faz sua sensibilidade mais pungente; mas a presença da consciência no pagão ignorante mostra que a educação moral não produz consciência.

A consciência, então, nos capacita da existência da lei. A existência da lei implica a existência de um legislador; logo a consciência humana atesta o fato da existência de Deus.

(4) Ordem, Desígnio e Adaptação no Universo,

Ordem, desígnio e adaptação permeiam o universo. "Desde que a ordem e a colocação útil permeiam o universo, deve existir uma inteligência adequada para dirigir esta colocação a fins úteis" (Strong, Systematic Theology, pág. 42).

Vemos ordem maravilhosa nos movimentos dos corpos celestes. Observamos desígnio admirável no fato de o homem respirar ar, tira muito do oxigênio e devolve o ar carregado de dióxido de carbono, que é inútil ao homem. As plantas, por sua vez, tomam o dióxido de carbono, um alimento essencial da planta, do ar, e deitam oxigênio. Temos admirável adaptação no ajuste do homem para viver sobre a terra e no ajuste da terra para lugar de habitação do homem.

Tudo disto evidencia um criador inteligente. É o suficiente para convencer a quaisquer cujas mentes não estão cegadas pelo preconceito. Alguém podia crer do mesmo modo que é por acidente que os rios nos países civilizados banham povoações e cidades como crer que a ordem, o desígnio e a adaptação no universo são produtos de mero acaso.

(5) A Bíblia

A referência aqui não é ao testemunho da Bíblia concernente à existência de Deus. É ilógico dar a autoridade da Bíblia como prova da existência de Deus, porque a autoridade da Bíblia implica a existência de Deus. Semelhante curso vale por perguntar a pergunta: Mas referimos aqui a:

A. A natureza do conteúdo da Bíblia

Bem falado foi que a Bíblia é um livro tal que o homem não o podia ter escrito, se o quisesse, como não o teria escrito, se pudesse. Ela revela verdades que o homem, deixado a si mesmo nunca podia ter descoberto. Uma discussão mais ampla desta fato virá no próximo capítulo. E, se o homem pudesse, porque escreveria ele um livro que o condena como criatura pecaminosa, falida, rebelde, merecendo a ira de Deus? É da natureza humana condenar-se assim a si mesma?

B. A profecia cumprida

O cumprimento minucioso de dezenas de profecias do Velho Testamento está arquivado em o Novo Testamento, o qual traz a evidência interna de uma história verossímil. O cumprimento da profecia evidencia um ser supremo que inspirou a profecia.

C. A Vida de Jesus

Aceitando o testemunho do Evangelho como possuindo as credenciais de uma história verossímil, vemos em Jesus uma vida singular. Nem a hereditariedade, nem o ambiente, as duas forças naturais na formação do caráter, podem dar conta de Sua vida. Assim temos evidência de um ser divino que habitou Jesus.

D. A Ressurreição de Jesus

A ressurreição de Jesus, como um fato sobrenatural e bem atestado mostra que Ele era divino. Temos assim subsequente evidência de que há um ser divino.

Prova da ressurreição de Jesus. Depois de ouvir uma conversação num trem entre dois homens que discutiam a possibilidade de ser enganado sobre a ressurreição de Jesus, W. E. Fendley, advogado de Mississippi, escreveu um artigo que foi publicado no "Western Recorder" de 9 de dezembro de 1920. Ele abordou a matéria como advogado e deu as três seguintes razões para negar a plausibilidade da sugestão que o corpo de Jesus foi roubado: (1) "Não era ocasião oportuna para roubar o corpo". O fato que três festas judaicas ocorreram no tempo da crucificação certifica que as ruas de Jerusalém estariam cheias de gente. Por essa razão o Sr. Fendley diz que não era boa ocasião para roubar-se o corpo. (2) "Havia cinco penalidades de morte ligadas ao roubo do corpo e nenhuma delas foi imposta ou executada". As penalidades são dadas como sendo: primeira, por permitir que o selo fosse rompido; segunda, por quebrar o selo; terceira, por roubar o corpo; quarta, por permitir roubar o copo; quinta, por dormir quando em serviço. (3) "Nego outra vez o alegado sobre o fundamento de testemunho premeditado e não premeditado." E então ele mostra como os soldados vieram do sepulcro e disseram que um anjo os enxotará de lá e que, quando peitados pelos fariseus, disseram que o corpo de Jesus fora roubado enquanto eles, soldados, dormiram.

O Sr. Fendley prossegue dando cinco pontos que se devem crer para crê-se neste relatório dos soldados, que são: (1) "Devem crer que sessenta e quatro soldados romanos sob pena de morte dormiram todos de uma vez". (2) "Devem aceitar o testemunho dos dorminhocos". (3) "Devem crer que os discípulos, que estavam tão medrosos, todos de uma vez se tornaram tremendamente ousados". (4) "Outra vez, devem crer que os ladrões tiveram bastante tempo de dobrar as roupas mortuárias e colocá-las aceiadamente de um lado". (5) "Também devem crer que esses discípulos arriscariam suas vidas por um impostor defunto, quando o não fizeram por Salvador vivo".

3. O FATO DA EXISTÊNCIA DE DEUS É ACEITO QUASE UNIVERSALMENTE

Isto se dá como a terceira razão que justifica o curso seguido por Moisés em assumir e declarar o fato da existência de Deus sem oferecer quaisquer provas. Os raros que negam a existência de Deus são insignificantes. "As tribos mais baixas tem consciência, temem a morte, crêem em feiticeiras, propiciam ou afugentam maus destinos. Mesmo o fetichista, que a uma pedra ou a uma árvore chama de um deus, mostra que já tem a idéia de Deus" (Strong, Systematic Theology, pág. 31). "A existência de Deus e a vida futura são em toda a parte reconhecidas na África" (Livingstone).

Os homens sentem instintivamente a existência de Deus. Por que, então, alguns a negam? É por causa de falta de evidência? Não, é somente por não lhes agradar este sentimento. Ele os perturba na sua vida pecaminosa. Portanto, conjuram argumentos que erradiquem o pensamento de Deus de suas mentes. Todo ateu e agnóstico lutam, principalmente para convencer-se. Quando eles apresentam os seus argumentos a outrem, é em parte por um desejo de prová-los e em parte em defesa própria, nunca por um sentimento que suas idéias podem ser de qualquer auxílio a outros.

Um ateu é um homem que, por amor ao pecado, entremeteu-se na sua mente e a trouxe a uma condição de guerra com o seu coração em que a mente assalta o coração e tenta arrebatar dele o sentimento de Deus. O coração contra-ataca e compele a mente a reter o pensamento de Deus. Neste prélio a mente, portanto, está constantemente procurando argumentos para usar como munição. Ao passo que descobre esses argumentos, desfere-os contra o coração com o mais alto barulho possível. Isto é porque o ateu gosta de expor seu pensamento. Está em guerra consigo mesmo e ela lhe dá confiança quando ele ouve seus canhões roncarem.

Há evidências, contudo, de que a mente do ateu nunca está inteiramente vitoriosa sobre o seu coração. Hume disse a um amigo quando andavam numa noite estrelada: "Adão, há um Deus". Shelley, que foi excluído de Oxford por escrever um panfleto sobre a "Necessidade de Ateísmo", deliciou-se em pensar de um belo espírito intelectual permeando o universo. Voltaire, diz-se, orou numa tempestade alpina e, ao morrer, disse: "Ó Deus - se houver um Deus - tem misericórdia de mim". Portanto, pode-se concluir com Calvino: "Os que julgam retamente concordarão sempre em que há um senso indelével de divindade gravado sobre as mentes dos homens."

Antes de passar adiante, presume-se bom notar as fontes desta crença quase universal na existência de Deus. Há duas fontes desta crença; a saber:

(1) A Tradição.

Cronologicamente, nossa crença em Deus vem da tradição. Recebemos nossas primeiras idéias de Deus de nossos pais. Não há dúvida que isto tem sido verdade de cada sucessiva geração desde o princípio. Mas não basta a tradição para dar conta da aceitação quase universal do fato da existência de Deus. O fato que somente uns poucos repelem esta aceitação (é duvidoso que alguém sempre a rejeite completamente) mostra que há uma confirmação íntima na crença tradicional da existência de Deus. Isto aponta-nos à segunda fonte desta crença, que é:

(2) Intuição.

Logicamente, nossa crença em Deus vem da intuição. Intuição é a percepção imediata da verdade sem um processo cônscio de arrazoamento. Um fato ou verdade assim percebidos chama-se uma intuição. Intuições são "primeiras verdades", sem as quais séria impossível todo pensamento refletivo. Nossas mentes são constituídas de tal modo a envolverem estas "verdades primárias" logo que se apresentem as devidas ocasiões.

A. Prova que a crença quase universal em Deus procede logicamente da intuição e não de arrazoamento.

(a) A grande maior dos homens nunca tentou arrazoar o fato da existência de Deus, nem são capazes de semelhante arrazoamento, que servisse para lhes fortificar a crença na existência de Deus.

(b) A energia da crença dos homens na existência de Deus não existe em proporção ao desenvolvimento da faculdade raciocinante, como seria o caso se essa crença fosse primariamente o resultado de arrazoamento.

(c) A razão não pode demonstrar cabalmente o fato da existência de Deus. Em todo o nosso arrazoamento sobre a existência de Deus devemos começar com admissões intuitivas que não podemos demonstrar. Assim, quando os homens aceitam o fato da existência de Deus, aceitam mais do que a exata razão os levaria a aceitarem.

B. A existência de Deus como "Verdade Primária".

(a) Definição. "Uma verdade primária é um conhecimento que, conquanto desenvolvido em ocasiões de observação e reflexão, delas não se deriva, - um conhecimento, pelo contrário, que tem tal prioridade lógica que deve ser assumido ou suposto para se fazer qualquer observação e reflexão possíveis. Semelhantes verdades não são, portanto, reconhecidas como primeiras em ordem de tempo; algumas delas assentam um tanto tarde no crescimento da mente; pela grande maioria dos homens elas nunca são conscienciosamente formuladas, de modo algum. Contudo, elas constituem a presunção necessária sobre a qual descansa todo outro conhecimento, tendo a mente não só a capacidade inata de envolvê-las logo que se apresentem as devidas ocasiões se não também o reconhecimento delas como inevitável logo que a mente principia a dar a si mesma conta de seu próprio conhecimento" (Strong, Systematic Theology, pág. 30).

(b) Prova. "Os processos do pensamento reflexivo implicam que o universo está fundado na razão e é a expressão dela" (Harris, Philosophic Basic of Theism). "A indução descansa sobre a presunção, como ela exige para seu fundamento, que existe uma divindade pessoal e pensante... Ela não tem sentido ou valía a menos que assumamos estar o universo constituído de tal modo que pressuponha um originador absoluto e incondicional de suas forças e leis... Analisamos os diversos processos do conhecimento nos seus dados sotopostos e achamos que o dado que se sotopõe a eles todos é o de uma inteligência auto-existente" (Porter, Human Intellect). "A razão pensa em Deus como existente e ela não séria razão se não pensasse em Deus como existente" (Dorner, Glaubenslehre). É por esta razão que Deus disse na Sua Palavra: "Disse o tolo no seu coração: Não há Deus" (Salmo 14:1). Só um tolo negará a existência de Deus. Alguns tolos tais são educados; alguns sem letra, mas, não obstante, são tolos, porque não tem conhecimento ou ao menos não reconhecem nem mesmo o princípio da sabedoria, o temor do Senhor. Veja Provérbios 1:7.

II. A existência de Deus não é demonstrável matematicamente, contudo, é mais certa do que qualquer conclusão da razão.

1. A EXISTÊNCIA DE DEUS NÃO É DEMONSTRÁVEL MATEMÁTICAMENTE.

A respeito de todos os argumentos a favor do fato da existência de Deus, diz Strong: "Estes argumentos são prováveis, não demonstráveis" (Systematic Theology, pág. 39). Lemos outra vez: "Nem pretendi que a existência, ainda a deste Ser, pode ser demonstrada como demonstramos as verdades abstratas da ciência" (Diman, Theistic Argument, pág. 363). Strong cita Andrew Fuller como questionando "se a argumentação a favor da existência de Deus não tem mais cépticos do que crentes"; e então acrescenta: "Tanto quanto isto é verdade, devido é a uma saciedade de argumentos e à noção exagerada do que se pode esperar deles" (Systematic Theology, pág. 40).

2. A EXISTÊNCIA DE DEUS, CONTUDO, É MAIS CERTA DO QUE QUALQUER CONCLUSÃO DA RAZÃO.

Leia o estudante novamente as citações dadas apara mostrar que a existência de Deus é uma "verdade primária", uma verdade que está assumida por todos no processo da razão, "O que nega a existência de Deus deve assumir, tacitamente, essa existência no seu próprio argumento, por empregar processos lógicos cuja validade descansa sobre o ato da existência de Deus" (Strong, Systematic Theology, pág. 33). É uma verdade axiomática que aquilo que é o fundamento de toda a razão é mais certo do que qualquer conclusão da razão. "Não podemos provar que Deus é, mas podemos mostrar que, em face de qualquer conhecimento, pensamento, razão do homem, deve o homem assumir que Deus é" (Strong, Systematic Theology, pág. 34).

3. A EXISTÊNCIA DE DEUS NÃO É O ÚNICO FATO QUE NÃO PODE SER DEMONSTRADO MATEMATICAMENTE.

Nenhum homem pode demonstrar a existência do tempo, do espaço, ou a realidade da matéria por um processo estritamente lógico. Não se pode demonstra nem a realidade de sua própria existência. Não podemos provar absolutamente que não é alucinação tudo quanto vemos, ouvimos e sentimos. Todavia, nós nos sentimos certos sobre essas coisas e pouca gente alguma vez pensou em discuti-las. Quem o faz é considerado um energúmeno. O mesmo séria sempre verdade do que questionasse a existência de Deus. Um agnóstico ou um ateu, para serem coerentes, teriam, de assumir a mesma atitude para com toda a verdade cientifica como a que assume para com a existência de Deus; porque todos os ramos da ciência devem confiar nas intuições da mente como o fundamento de toda a observação.

"A gente mais irrazoável do mundo é aquela que no sentido estreito depende unicamente da razão" (Strong). "A crença em Deus não é a conclusão de uma demonstração, mas a solução de um problema" (Strong); e esse problema é o problema da origem do universo. "O universo, como um grande fato, requer uma explanação racional e ... e a explanação que se pode possivelmente dar é essa fornecida na concepção de um tal Ser (como Deus). Nesta conclusão a razão descansa e recusa-se a descansar em qualquer outra" (Diman, Theistic Argument). "Chegamos a uma crença científica na existência de Deus tanto como a qualquer outra verdade humana possível. Assumímo-la como uma hipótese absolutamente necessária para dar conta do fenômeno do universo; então evidência de todos os cantos começa a convergir sobre ela, até que, no processo do tempo, o senso comum da humanidade, cultivado e iluminado pelo conhecimento sempre crescente, pronuncia-se sobre a validade da hipótese com uma voz escassamente menos decidida e universal do que ele o faz no caso de nossas mais elevadas convicções científicas" (Morell, Philosiphic Fragments). Logo, podemos dizer: "Deus é o fato mais certo do conhecimento objetivo" (Bowne, Metaphysics).

III. A existência de Deus, portanto, pode ser tomada por concedida e proclamada ousadamente.

Os fatos precitados deveriam fazer o pregador ousado na sua proclamação do fato da existência de Deus, não temendo de proclamá-la confiadamente aos profanos. Estamos sobre terreno seguro em proclamar esta verdade. Nenhum homem pode logradamente contrariar nossa mensagem.

Vezes há, talvez, quando o pregador no púlpito devera discutir as evidências da existência de Deus; todavia, como uma coisa usual, ele deveria assumi-la e declará-la como Moisés fez. E quando ele trata das evidências da existência de Deus, não as sobrecarregue de modo a deixar a impressão que a validade do fato da existência de Deus depende de uma rigorosa demonstração racional.

Autor: Thomas Paul Simmons, D.Th.

Digitalização: Daniela Cristina Caetano Pereira dos Santos, 2004
Revisão: Charity D. Gardner e Calvin G Gardner, 05/04
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br

Como satanás quer desviar você

Como satanás quer desviar você

MEIOS MAIS SUTIS ATÉ DO QUE OS DESENHOS OU OUTROS PROGRAMAS DE TELEVISÃO...DEVEMOS SIM NOS PREOCUPAR COM DOUTRINAS PRIMARIAS DE NOSSAS IGREJAS E SE ELAS TEM FUNDAMENTO BIBLICO...POIS, NÃO QUEREMOS ESTAR ENSINANDO TRADIÇÕES HUMANAS E NÃO AS DE DEUS...


Ensino Divino Contra Ensinos de Demônios "Alguns se desviarão da fé, prestando atenção a desencaminhantes pronunciações inspiradas e a ensinos de demônios." - 1 TIMÓTEO 4:1.
IMAGINE passar toda sua vida numa zona de guerra. O que acharia de ir dormir com o barulho de tiroteio e acordar com o retumbar de artilharia? Infelizmente, em algumas
partes do mundo, é assim que as pessoas vivem. Em sentido espiritual, porém, todos os cristãos vivem em situações assim. Encontram-se no meio duma grande
batalha que já se trava por uns 6.000 anos e que se intensificou em nossos dias. Que guerra milenar é esta? É a batalha da verdade contra a mentira, do ensino
divino contra os ensinos de demônios. Não é exagero classificá-la - pelo menos referente a um dos protagonistas - de conflito mais impiedoso e mais
mortífero da história da humanidade.2 O apóstolo Paulo mencionou os dois lados envolvidos
neste conflito ao escrever a Timóteo: "A pronunciação inspirada diz definitivamente que nos períodos posteriores de tempo alguns se desviarão da fé,
prestando atenção a desencaminhantes pronunciações inspiradas e a ensinos de demônios." (1 Timóteo 4:1) Note que os ensinos de demônios seriam especialmente
influentes nos "períodos posteriores de tempo". Encarado do ponto de vista dos dias de Paulo, nós vivemos neste período de tempo. Note também o que se opõe aos ensinos
de demônios, a saber, a "fé". Neste caso, a "fé" representa o ensino divino, baseado nas divinamente inspiradas pronunciações de Deus, contidas na Bíblia. Uma fé assim vivifica. Ela ensina ao cristão fazer a vontade de Deus. É a verdade que conduz à vida eterna. -
João 3:16; 6:40.3 Todos aqueles que se desviam da fé perdem a
possibilidade de ter vida eterna. São as baixas desta guerra. Que resultado trágico de se deixar desencaminhar por ensinos de demônios! (Mateus 24:24) Como podemos nós
mesmos evitar estar entre essas baixas? Por rejeitarmos totalmente esses ensinos mentirosos, que só servem ao objetivo do "governante dos demônios", Satanás, o Diabo.
(Mateus 12:24) Como era previsível, os ensinos de Satanás são mentiras, porque ele é "o pai da mentira". (João 8:44) Note como foi hábil em usar mentiras para
desencaminhar nossos primeiros pais.Revelados ensinos de demônios
4 Esses acontecimentos se encontram registrados na Bíblia em Gênesis 3:1-5. Usando uma serpente, Satanás chegou-se à mulher Eva e perguntou: "É realmente assim
que Deus disse, que não deveis comer de toda árvore do jardim?" A pergunta parecia inocente, mas examine-a outra vez. "É realmente assim?" Satanás parecia
surpreso, como que dizendo: 'Será que Deus diria uma coisa dessas?'
5 Eva, na sua inocência, indicou que era mesmo assim. Ela sabia qual era o ensino divino sobre este assunto, que Deus dissera a Adão que eles morreriam se comessem
da árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau. (Gênesis 2:16, 17) Pelo visto, a pergunta de Satanás despertou o interesse dela, de modo que deu atenção ao
ponto-chave do argumento dele: "A isso a serpente disse à mulher: 'Positivamente não morrereis.'" Que coisa perversa a dizer! Satanás acusou Jeová, o Deus da
verdade, o Deus de amor, o Criador, de ter mentido aos Seus filhos humanos! - Salmo 31:5; 1 João 4:16; Revelação (Apocalipse) 4:11.6 No entanto, Satanás disse mais. Prosseguiu: "Porque Deus sabe que, no mesmo dia em que comerdes dele, forçosamente se abrirão os vossos olhos e forçosamente sereis como Deus, sabendo o que é bom e o que é mau." De
acordo com Satanás, Jeová Deus - que fizera provisões tão abundantes para os nossos primeiros pais - queria privá-los de algo maravilhoso. Queria impedir que fossem
como deuses. Satanás questionou assim a bondade de Deus. Promoveu também a satisfação da própria vontade e a desconsideração deliberada das leis de Deus, dizendo que
agir assim seria vantajoso. Na realidade, Satanás questionou a soberania de Deus sobre a Sua própria criação, alegando que Deus não tinha nenhum direito de
impor limites à atuação do homem.7 A partir destas palavras de Satanás, começaram a ser
ouvidos ensinos de demônios. Estes ensinos iníquos ainda promovem similares princípios ímpios. Assim como Satanás fez no jardim do Éden, ele agora, junto com outros
espíritos rebeldes, ainda questiona o direito de Deus de fixar normas de ação. Ainda contesta a soberania de Jeová e procura influenciar os humanos para que desobedeçam ao seu Pai celestial. - 1 João 3:8, 10.8 Naquela primeira escaramuça na batalha entre o ensino
divino e os ensinos de demônios, Adão e Eva fizeram a decisão errada e perderam a esperança de ter vida eterna. (Gênesis 3:19) O passar dos anos e a deterioração dos seus corpos confirmaram-lhes amplamente quem mentira e quem lhes dissera a verdade lá no Éden.
No entanto, centenas de anos antes de morrerem em sentido físico, tornaram-se as primeiras baixas na batalha entre a verdade e as mentiras ao serem julgados
indignos da vida pelo seu Criador, a Fonte da vida. Isto ocorreu quando morreram em sentido espiritual. - Salmo 36:9; compare com Efésios 2:1. Ensinos de demônios na atualidade9 Conforme registrado no livro de Revelação, o apóstolo João foi levado por inspiração ao "dia do Senhor", que começou em 1914. (Revelação 1:10) Naquela época, Satanás e seus demônios foram expulsos do céu para a vizinhança da Terra - um grande revés para este opositor de nosso Grandioso Criador. Não mais se ouvia no céu sua voz fazendo constantes acusações contra os servos de Jeová. (Revelação 12:10)

No entanto, que progresso fizeram os ensinos de demônios na Terra desde o Éden? O registro diz: "Foi lançado para baixo o grande dragão, a serpente
original, o chamado Diabo e Satanás, que está desencaminhando toda a terra habitada." (Revelação 12:9) Todo um mundo tinha sucumbido às mentiras de Satanás!
Não é de admirar que Satanás seja chamado de "o governante deste mundo". - João 12:31; 16:11.10 Admitiu Satanás a derrota depois de ter sido expulso
do céu? De modo algum! Ele decidiu continuar a lutar contra o ensino divino e contra os que se apegam a este. Depois de ter sido expulso do céu, Satanás continuou sua
guerra: "O dragão [Satanás] ficou furioso com a mulher e foi travar guerra com os remanescentes da sua semente, que observam os mandamentos de Deus e têm a obra de dar
testemunho de Jesus." - Revelação 12:17.11 Além de Satanás combater os servos de Deus, ele inunda o mundo com a sua propaganda, no empenho de manter a humanidade nas suas garras. Numa das suas visões sobre o dia do Senhor, na Revelação, o apóstolo
João observou três animais selvagens, que simbolicamente representavam a Satanás, a sua organização política terrestre e a potência mundial dominante dos nossos
tempos. Da boca destes três saíram rãs. O que simbolizavam? João escreve: "São, de fato, expressões inspiradas por demônios e realizam sinais, e vão aos reis de toda a terra habitada, a fim de ajuntá-los para a guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso."
(Revelação 16:14) É evidente que os ensinos de demônios estão bem ativos na Terra. Satanás e seus demônios ainda lutam contra o ensino divino, e continuarão a fazê-lo
até serem impedidos à força por Jesus Cristo, o Rei messiânico. - Revelação 20:2.
Identificação dos ensinos de demônios12 Podem os humanos tementes a Deus resistir aos ensinos de demônios? Sim, podem, por dois motivos. Primeiro, porque o ensino divino é mais poderoso; e segundo, porque Jeová expôs as estratégias de Satanás para que
pudéssemos resistir a elas. Conforme disse o apóstolo Paulo, "não desconhecemos os seus desígnios". (2 Coríntios 2:11) Sabemos que Satanás usa a perseguição
como um dos meios para alcançar seus objetivos. (2 Timóteo 3:12) Porém, de modo muito mais sutil, ele procura influenciar a mente e o coração daqueles que
servem a Deus. Desencaminhou Eva e pôs no coração dela desejos errados. Ele procura fazer o mesmo hoje. Paulo escreveu aos coríntios: "Tenho medo de que, de algum
modo, assim como a serpente seduziu Eva pela sua astúcia, vossas mentes sejam corrompidas, afastando-se da sinceridade e da castidade que se devem ao Cristo."
(2 Coríntios 11:3) Considere como Satanás tem corrompido o modo de pensar da humanidade em geral.13 Diante de Eva, Satanás acusou Jeová de mentir, e
disse que os humanos podiam ser como deuses se desobedecessem ao seu Criador. A atual condição decaída da humanidade prova que o mentiroso foi Satanás, não
Jeová. Os humanos hoje em dia não são deuses! Satanás, porém, acrescentou a esta primeira mentira mais outras. Introduziu a idéia de que a alma humana é imortal, que
não pode morrer. Ele tentou assim a humanidade com a possibilidade de ser como deuses de outra forma. Então, baseado nesta doutrina falsa, promoveu os ensinos do
inferno de fogo, do purgatório, do espiritismo e da veneração dos antepassados. Estas mentiras ainda escravizam centenas de milhões de pessoas.

Deuteronômio 18:9-13.14 Naturalmente, o que Jeová disse a Adão era verdade.
Adão morreu mesmo quando pecou contra Deus. (Gênesis 5:5) Quando Adão e seus descendentes morreram, tornaram-se almas mortas, inconscientes e inativas. (Gênesis 2:7;
Eclesiastes 9:5, 10; Ezequiel 18:4) Todas as almas humanas morrem porque herdaram o pecado de Adão. (Romanos 5:12) Lá no Éden, porém, Jeová prometeu a vinda
duma semente (ou descendente) que combateria as obras do Diabo. (Gênesis 3:15) Esta Semente é Jesus Cristo, Filho unigênito do próprio Deus. Jesus morreu sem pecados, e
sua vida sacrificada tornou-se o resgate para tirar a humanidade da sua condição moribunda. Aqueles que obedientemente exercem fé em Jesus têm a oportunidade de
receber a vida terna que Adão perdeu. - João 3:36; Romanos 6:23; 1 Timóteo 2:5, 6.
15 A verdadeira esperança da humanidade é o resgate, não uma idéia vaga de que a alma sobrevive à morte. Este é o ensino divino. É a verdade. É também uma demonstração maravilhosa do amor e da sabedoria de Deus. João 3:16) Quão gratos devemos ser de termos aprendido esta verdade e de termos ficado livres dos ensinos de demônios nestes
assuntos! - João 8:32.16 Satanás, com suas mentiras no Éden, incentivou Adão e
Eva a aspirarem ser independentes de Deus e a se estribarem na sua própria sabedoria. Atualmente, vemos o resultado disso a longo prazo nos crimes, nas
dificuldades econômicas, nas guerras e na crassa desigualdade existentes no mundo de hoje. Não é de admirar que a Bíblia diga: "A sabedoria deste mundo é
tolice perante Deus"! (1 Coríntios 3:19) No entanto, a maioria dos humanos prefere tolamente sofrer em vez de prestar atenção aos ensinos de Jeová. (Salmo 14:1-3;
107:17) Os cristãos que aceitam o ensino divino evitam cair nesta armadilha.
17 Paulo escreveu a Timóteo: "Ó Timóteo, guarda o que te foi confiado, desviando-te dos falatórios vãos, que violam o que é santo, e das contradições do falsamente
chamado 'conhecimento'. Por ostentarem tal conhecimento, alguns se desviaram da fé." (1 Timóteo 6:20, 21) Este "conhecimento" representa também os ensinos de demônios.
Nos dias de Paulo, este provavelmente se referia às idéias apóstatas que alguns nas congregações promoviam. (2 Timóteo 2:16-18) Mais tarde, um falsamente chamado
conhecimento, tal como o gnosticismo e a filosofia grega, corrompeu a congregação. No mundo atual, o ateísmo, o agnosticismo, as teorias da evolução e a alta
crítica feita à Bíblia são exemplos do falsamente chamado conhecimento, assim como são as idéias antibíblicas promovidas por apóstatas da atualidade. Os
frutos de todo este falsamente chamado conhecimento podem ser vistos na degradação moral, no amplo desrespeito pela autoridade, na desonestidade e no
egoísmo que caracterizam o sistema de coisas de Satanás.Apego ao ensino divino
18 Embora Satanás, desde o tempo do Éden, tenha inundado a Terra com ensinos de demônios, sempre houve alguns que buscaram o ensino divino. Atualmente, estes somam
milhões. Incluem os remanescentes cristãos ungidos, que têm a esperança certa de reinar com Jesus no Seu Reino celestial, e a crescente grande multidão de "outras
ovelhas", cuja esperança é herdar o domínio terrestre deste Reino. (Mateus 25:34; João 10:16; Revelação 7:3, 9) Hoje em dia, estes foram reunidos numa só organização
mundial, à qual se aplicam as palavras de Isaías: "Todos os teus filhos serão pessoas ensinadas por Jeová e a paz de teus filhos será abundante." - Isaías 54:13.
19 Ser ensinados por Jeová significa mais do que apenas conhecer a doutrina verdadeira - embora isso seja importante. Jeová nos ensina a viver, a aplicar o ensino
divino à nossa própria vida. Por exemplo, resistimos ao egoísmo, à imoralidade e ao espírito de independência tão prevalecentes no mundo em volta de nós. Reconhecemos
em que resulta a impiedosa busca de riquezas neste mundo - na morte. (Tiago 5:1-3) Nunca nos esquecemos do ensino divino expresso nas palavras do apóstolo João: "Não
estejais amando nem o mundo, nem as coisas no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele." - 1 João 2:15.20 O efeito dos ensinos de demônios sobre as suas vítimas é visto nas palavras de Paulo aos coríntios: "[Satanás] tem cegado as mentes dos incrédulos, para que não penetre o brilho da iluminação das gloriosas boas
novas a respeito do Cristo, que é a imagem de Deus." (2 Coríntios 4:4) Satanás gostaria de cegar deste modo também os verdadeiros cristãos. Lá no Éden, ele usou uma
serpente para desencaminhar uma serva de Deus. Hoje, ele usa filmes e programas de televisão violentos e imorais. Faz uso do rádio, da literatura e da música. Uma arma
poderosa que ele tem à sua disposição é a associação errada. (Provérbios 4:14; 28:7; 29:3) Reconheça sempre o que estas coisas realmente são: artimanhas e ensinos de
demônios.21 Lembre-se de que as palavras de Satanás no Éden foram
mentiras, as palavras de Jeová mostraram ser verdadeiras. E assim continuou a ser desde aqueles dias primitivos. Satanás sempre mostrou ser mentiroso, e o
ensino divino é infalivelmente verdadeiro. (Romanos 3:4) Se nos apegarmos à Palavra de Deus, estaremos sempre do lado vencedor na batalha entre a verdade e as mentiras.
(2 Coríntios 10:4, 5) Portanto, estejamos decididos a rejeitar todos os ensinos de demônios. Assim perseveraremos até que tenha acabado a guerra entre a
verdade e a falsidade. A verdade será vencedora. Satanás não existirá mais e na Terra se ouvirá apenas o ensino divino. - Isaías 11:9.